quinta-feira, 13 de junho de 2013




As condições de trabalho e a  saúde do professor

 O adoecimento dos professores em razão   das condições de trabalho e inadequada composição da jornada, o que acarreta um custo crescente para os sistemas de ensino com a concessão de licenças e com substituições.
 O estudo “Identidade expropriada  –  retrato  do  educador  brasileiro”  realizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores  em Educação (CNTE), em 2004, mostra    que distúrbios vocais, stress, dor nas costas e esgotamento mental e físico são as principais causas de afastamentos de cerca 22,6% dos professores por licenças médicas em todo o Brasil. Ao mesmo tempo, de acordo matéria   publicada   pelo   jornal   Folha de  São  Paulo,  que  teve  como fonte dados oficiais, somente de janeiro a julho de 2010 foram concedidas na rede estadual de ensino   paulista   92 licenças médicas diárias por  motivos  de  saúde, o que representa 19 mil professores ao ano, sobretudo por problemas emocionais, e nada indica que este índice tenha se reduzido. A rede conta com cerca de 220 mil professores.
  Pesquisa da Universidade de Brasília (UnB),  realizada para a CNTE  em   1999,   a primeira sobre o tema no Brasil, ouviu 52 mil professores, em 1440 escolas nos 27 Estados brasileiros. Naquele momento, os dados revelaram que, em nível nacional,  48%     dos educadores sofriam algum tipo de sintoma do burnout, que provoca cansaço, esgotamento e falta de motivação.
  Outra pesquisa, também desenvolvida pela  UnB na  Região Centro-Oeste do   país   e divulgada em 2008, corrobora esses dados, indicando que 15 em cada 100 professores da rede pública   básica   sofrem  da  Síndrome  de      burnout.   O estudo foi realizado ouvindo oito mil professores da região e  identificou  três sintomas mais citados pelos entrevistados: baixa realização profissional, alto grau de esgotamento emocional e distanciamento dos estudantes.