Segundo
estudo, professores são principais vítimas de distúrbios osteomusculares
relacionados ao trabalho
A demanda por mais trabalho, mais
produtividade, exigência de qualidade e aumento da jornada estão levando cada
vez mais pessoas a apresentarem distúrbios osteomusculares relacionados ao
trabalho (DORT). Pesquisadores da Bahia, conduzidos pela professora da União
Metropolitana de Educação e Cultura (UNIME) Daniela Dias, investigaram a
prevalência de DORT entre professores. Segundo eles, na profissão de professor,
gestos críticos, posturas inadequadas e condições ergonômicas errôneas podem
ser fatores predisponentes no desenvolvimento desse problema.
A pesquisa "Prevalência da síndrome do
ombro doloroso (SOD) e sua influência na qualidade de vida em professores de
uma instituição privada de nível superior na cidade de Lauro de Freitas,
Bahia" foi publicada em dezembro de 2010 na Revista Baiana de Saúde
Pública. Segundo os autores, a síndrome do ombro doloroso é caracterizada por
dor e impotência funcional em graus variados e acomete estruturas responsáveis
pela movimentação do ombro. Esta é classificada pelas patologias: síndrome do
impacto (SI), tendinites, capsulite adesiva (CAO) e artropatias.
Como explicam no estudo, escrever no quadro
por longo período com elevação dos membros superiores acima da cabeça, digitar
provas e aulas, corrigir trabalhos e provas, entre outras atividades, levam a
um estresse biomecânico no ombro. Isso predispõe a lesões e leva a sensações
desagradáveis tanto do ponto de vista físico como mental. "Os
profissionais que trabalham com os membros superiores elevados têm um risco 7,9
vezes maior para distúrbios musculoesqueléticos do que aqueles que não
trabalham nessa posição", afirmam os pesquisadores no estudo.
O estudo foi realizado com 97 professores. A
prevalência dos que já sentiram dor no ombro foi de 60%, dos quais os
diagnósticos mais frequentes foram: tendinite, tendinose, síndrome do impacto e
bursite com 16,5%. A prevalência de dor no ombro atual foi de 36,5%.
"A SOD predominou no grupo das mulheres,
compatível com relatos prévios em estudos nos quais encontrou-se que as
mulheres são mais vulneráveis a lesão no ombro devido a fatores como: menopausa
e menos massa muscular em membro superior (MS) para dar suporte à articulação
do ombro", dizem.
Segundo os pesquisadores, outro estudo que investigou as atividades de professores do ensino fundamental e sintomas osteomusculares relacionados ao trabalho revelou que a qualidade de vida apresentou-se particularmente comprometida nas dimensões dor, vitalidade e aspectos emocionais. "Percebeu-se também que as atividades ocupacionais que demandam inclinação do tronco, postura estática, carregar pesos e manter um dos membros superiores elevado foram consideradas as tarefas mais fatigantes em relação ao sistema osteomuscular", afirmam na pesquisa.
Segundo os pesquisadores, outro estudo que investigou as atividades de professores do ensino fundamental e sintomas osteomusculares relacionados ao trabalho revelou que a qualidade de vida apresentou-se particularmente comprometida nas dimensões dor, vitalidade e aspectos emocionais. "Percebeu-se também que as atividades ocupacionais que demandam inclinação do tronco, postura estática, carregar pesos e manter um dos membros superiores elevado foram consideradas as tarefas mais fatigantes em relação ao sistema osteomuscular", afirmam na pesquisa.
Fonte: www.protecao.com.br/